Compreender para ser
Compreendido...
Hoje, enquanto fazia o meu café pela manhã, fiquei pensando
na sabedoria Divina e seus caminhos para nos ensinar o básico, o AMOR.
Só evoluímos quando aprendemos e vivenciamos naturalmente as
Leis Morais do Código Divino.
Me dava conta, naquela hora, que há muito tempo não me
irrito e para ser sincera, não me incomodo com coisa nenhuma e nem com atitudes
de ninguém, porém quem me conhece há muito tempo sabe que o meu nome era
"estressada" e "no limite da neura". Vivi anos assim até me
tratar com psicólogos, psiquiatras e continuar estudando a Filosofia Espírita
que nos ajuda em muito nessas de autoconhecimento, comportamento e entendimento
das coisas.
Alguns dirão que é da idade, mas eu digo que não. Se fosse
assim todos os velhos seriam calmos e tolerantes, mas não são, acho até que
alguns só pioraram com o passar dos anos e a "rabugice" agora é seu
nome. Mas rabugice não é privilégio de gente velha, pois muita gente prima por
esse comportamento em todas as idades e etapas da vida.
Porém o que me levou à divagar sobre o comportamento humano
logo pela manhã enquanto o meu café escorria, é que me lembrei de uma pessoa de
meia idade e super intolerante, que chega a ser agressiva ás vezes. Está sempre
"cobrando seus direitos" e contestando em qualquer assunto abordado,
levantando a bandeira do correto.
E em me comparando com ela, no meu antes e no agora, me dei
conta de que os meus tratamentos e meus aprendizados de alguma forma
funcionaram e surtiram efeito na minha pessoa. Hoje me considero bem mais
tolerante, paciente e resiliente.
Pois se viemos ao mundo para aprender, progredir sempre
e nos educar literalmente como espíritos
que viajam pela eternidade à fora, então é melhor aceitar e procurar se adaptar
em vez de ficar batendo de frente o tempo todo. É preciso se dar conta que não somos
o dono da verdade. Seguimos uma meta
Divina, queiramos ou não. Tenhamos humildade para reconhecer. Dói menos
aceitar.
Somos crianças, espiritualmente falando, rebeldes e
malcriadas como o são a maioria das crianças, mas que precisamos nos educar,
nos auto-conhecer para continuar a evolução, pois se tudo evolui por que não haveríamos de evoluir
também?
E os nossos orientadores, instrutores e educadores são,
imagine só; nossos familiares, nossos colegas de convivência no trabalho, na
escola e no dia a dia. Eles sendo bons ou não, são nossos exemplos para o bem e
para o mal, são os que aparam nossas arestas e nos fazem refletir sobre a vida
e o que ela têm para nos oferecer.
A interação entre todos é o que nos educa realmente. No
isolamento demoramos mais para aprender, mas como crianças que somos, nos
rebelamos para mostrar nossa "força" fazendo tudo ao contrário
mostrando com isso como somos ainda egoístas e egocêntricos. Reclamamos o tempo
todo demonstrando nossa intolerância e intransigência para tudo e para com
todos.
Com o tempo vamos entendendo que o mundo não gira ao redor
do nosso próprio umbigo e vamos assimilando lenta e paulatinamente as leis do
Universo, respeitando como gostamos de ser respeitados, sendo paciente com o
caminhar do outro que anda mais devagar que eu, que muita coisa pode esperar
mais um pouco e que as coisas sempre dão certo quando somos mais pacientes.
Tudo na vida anda no próprio passo, não adianta acelerar as coisas.
Também mudamos nosso mundo
quando nos damos conta que o meu espaço termina onde começa o do outro e
assim vou adquirindo mais paciência e tolerância e com isso tudo muda em meu
interior.
Quando inserimos em
nossa alma o aprendizado de ver o outro como extensão de nós mesmos, e temos
consciência que se dói em mim, é claro que dói nele, se eu sinto fome ou frio ele
também sente, vamos pensando no outro como um ser que têm os
mesmos direitos que eu, e que se sobra no meu prato provavelmente está faltando
no de alguém, vamos aprender a dividir o
nosso pão e o nosso agasalho, estes sentimentos é que nos modificam e nos fazem
crescer como seres humanos que procuram seguir as Leis Divinas, do Amor Maior,
que produz o progresso e a evolução.
Dai deduzi que a minha vida não tem sido em vão para o meu
aprendizado e auto-conhecimento como às vezes penso.
Ao não me irritar por tudo o tempo todo, não quer dizer que
virei "santa", quero dizer que melhorei como pessoa e que atitudes
irritantes advindas de pessoas que ignoram ainda o que eu já aprendi à duras
penas, diga-se de passagem, simplesmente me fazem observar calada como se
observa uma criança que esperneia aos gritos no chão do supermercado, com certa
tristeza, é verdade, mas com muita tolerância. E ainda me lembro da frase:
"Perdoai Pai, eles não sabem o que fazem"...
ainda.
Vai um café ai?♥
Esse seu café é uma poção mágica... tô precisando de uma xicrinha pra achar meu centro! Abraços, Clotilde.
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